15 maio 2014

andar por cima das nuvens...



 como já tinha saudades de andar em cima das nuvens. voar por cima delas. espreitar lá de cima as formas e as cores da terra. é verdade que ando muitas vezes nas nuvens. tantas vezes. mas como já tinha saudades de me ver acima das nuvens caminhando. o vento soprou algumas vezes e de algumas vezes tive a sensação que ia mesmo sendo levada por ele. nessas alturas pensei que deveria ter levado mais uns quilos na mochila para ajudar a fixar os pés na terra. como me sinto tão bem ao espreitar lá do alto. num miradouro de vidro as pernas tremeram um pouco a princípio, mas depois sentimos que fazemos parte daquele cenário e tudo se torna natural. 

 semanas antes me haviam dado indicações de algumas coisas que deveria colocar numa mochila. mas pouco mais sabia. iam ser uns dias algures e o destino foi desconhecido até minutos antes de embarcar. porque até isso desconhecia. sabia lá que ia levantar voo? eu pensava que ia só ali... a uns passos daqui... mas afinal era um pouco mais além... e como soube bem! 

 para esse lado da costa ainda não tinha sobrevoado o mar. para o outro lado já fui um pouco mais além mas para este lado daqui, sobre o oceano atlântico, nada de nada. fiz é certo já uma travessia por mar. a minha primeira viagem incluiu o percurso por mar mas num navio. nessa altura naveguei pelas águas até chegar à costa africana e conhecer marrocos. dessa viagem nem me lembro porque era tão pequenina. tenho apenas alguns registos feitos pelo pai e o passaporte para lembrar que aconteceu um dia.

 assim por estes dias e pela primeira vez sobrevoei o mar. este mar aqui. e no instante em que conheci o destino da aterragem, um susto tropeçou no coração. como estava muito vento à nossa chegada deu para assustar um pouco mas rapidamente tudo se dissipou e o sorriso rompeu no nosso rosto.

 o olhar que se deslumbra pelas novas formas e cores, pelas gentes e o simples escutar de algo diferente do que é habitual. chegada à ilha da madeira já nos esperava um mapa com lugares assinalados e que não poderíamos perder. e sem perder de vista o mar nos aventuramos. caminhei acima das nuvens como já há tempo desejava e regressei a casa com uma vontade imensa de poder continuar a conhecer este lugar chamado terra.



por mim ia já amanhã para outro lugar do mundo...

até dia 26 de maio a espreitar desta janela da cidade I BRAGA


 como sabem, o projecto Sonhos às Pintas Vermelhas, desenvolvido em parceria com a Helena Zàlia e o Márcio Décio, continua a espreitar desta janela da cidade. até dia 26 de maio por lá podem encontrar estas almofadas e algumas das pintas vermelhas que se escapam das janelas para o exterior. à chuva e ao sol por lá continuam e não são indiferentes aos olhares atentos que passeiam por esta rua da cidade. já faltam poucos dias para desta janela conhecermos uma nova história mas por agora continuamos a partilhar este apontamento.

 para a semana, com a chegada da semana romana à cidade o vermelho destas pintas se harmonizam com os apontamentos vermelhos desta festividade da cidade. vem muita gente à cidade e como esta janela fica bem nos percursos pedonais de toda esta iniciativa, bem espero que as pessoas olhem bem para cima e conheçam este projecto.

14 maio 2014

e foi assim...



 hoje, pela manhã, estive à conversa com o Ricardo Couto e a Maria Cerqueira, no Programa Grandes Manhãs, no Porto Canal. aqui ficam alguns planos desta conversa e a prova de como os personagens de pano se portam muito bem em frente às câmaras! e no final regressamos à cidade de Braga com um sorriso maior. Obrigada pelo convite.

13 maio 2014

em directo no Porto Canal


 as AzEitOnAs e algumas outras criações já estão prontas para a viagem de amanhã. fiquem atentos porque vou estar, em directo, com alguns criações já vossas conhecidas, no Programa Grandes Manhãs com Ricardo Couto e Maria Cerqueira Gomes. essa conversa vai acontecer pelas 10h30 e comigo estarão presentes alguns dos personagens que continuam a encantar muitos sorrisos e olhares.

07 maio 2014

sopa de favas


 ao sair do atelier passei numa loja bem perto e estava um cesto de favas à porta. olhei-as com uma vontade. adoro favas e não resisti. antes de regressar a casa entrei e pedi à senhora que as separasse. trouxe-as comigo para fazer uma bela sopa de favas. como matia a arreliar os meus pés, fui descascando as vagens e tirando as camisas. sempre que faço isto, quer seja com as favas, os feijões ou as ervilhas lembro-me sempre daquelas tarde de domingo á volta da mesa da casa da avó a separarmos saquinhos de tudo isto para trazer da aldeia para a cidade. que saudades das histórias que a avó contava à mesa. já cheira a sopinha! vou ali e já volto!


01 maio 2014

apontamento vermelho


 um belíssimo apontamento vermelho numa varanda daqui de casa. como ela cresceu! e por estes dias tenho olhado muito para o céu. o azul imenso. sentada no chão da varanda para sentir os raios de sol a acariciar-nos o rosto e o corpo. como sabe bem apanhar raios de sol.