30 outubro 2011

um pôr-do-sol de outubro...



há horas atrás... minutos antes de deixarmos as montanhas e regressarmos à cidade, olhei de novo o céu...  a lua já espreitava lá do alto. e do alto sorria. aqui ficam os tons deste pôr-do-sol na montanha num final de tarde de outubro. belo outubro. durante o fim de semana muitas recolhas no quintal... vestígios de um berço de madeira antigo (e já começo a imaginar os desenhos que dali vão nascer!). ainda laranjas apanhadas na laranjeira. no pé do castanheiro tantas castanhas. ao pé da nogueira algumas nozes (pequenas mas com um gosto especial de quem as acabou de apanhar e partilhar com quem guardamos no coração). medronhos. avelâs... e com cheirinho a outubro se entra de novo em casa. e para a cidade trouxe comigo pedacinhos da montanha.

um cavalinho de verdade...


e eu perdidamente apaixonada pelas orelhas deles... as dos burros também... lindas... mas este fim-de-semana foram só orelhas de cavalos... hoje pela manhã, enquanto decorria uma aula, fui caminhar um pouco lá fora. e lá encontrei este amigo, como estava simpático lá se seguiram umas fotografias. onde terá ele andado com o focinho? não resisti a este sorriso. distraída a olhar pela objectiva para apanhar diversos apontamentos nem me apercebi... segundos depois quase me comia os cabelos... é verdade, e eu continuo perdidamente apaixonada pelas orelhas dos cavalos... 

20 outubro 2011

da mala saltaram para o espaço Mãos-à-Arte...


poderia ter acontecido por magia... poderiam ter sido colocados na mala. fechada. e ao voltar a abrir descobrir que saltaram para outro espaço. ali um pouco mais adiante. assim haveria de ser uma mala mágica. que viajaria no tempo e no espaço. mas não foi bem isso que aconteceu. e também essa viagem não foi bem nesta mala (que um dia pertenceu ao avó), antes num simples saco de papel kraft. assim, estas personagens viajaram comigo até Leça da Palmeira. este momento, malaAdEntrO, foi mesmo só para uma divertida fotografia. esta aqui. mas habitualmente lá está ela, em cima de umas grandes almofadas no chão do salão. semi-aberta com azeitonas a espreitar curiosas tudo que acontece e todos os que nos visitam por lá. mas estas personagens que viajaram comigo (numa especial e ventosa tarde de outubro com muitas folhas pelos ares mas com um quentinho que já nos habituou e que vai deixar saudade) foram alguns quilómetros adiante adoptadas pela Mãos à Arte. e o saco voltou para casa vazio (antes quase-vazio) mas cheio de entusiasmo.

14 outubro 2011

"um lugar onde amanheça" - museu d.diogo de sousa, em braga


passei no museu de arqueologia d.diogo de sousa para fazer alguns registos do espaço e da exposição.
os trabalhos apresentados pelos artistas convidados seguiram um formato e suporte comum de modo a realçar simultaneamente as relações de complementaridade (entre os trabalhos com o mosaico da sala) e de multiplicidade (as diferentes interpretações e leituras) dentro da temática abordada na exposição. "um lugar onde amanheça", pode ser visitar até dia 31 de outubro do museu de arqueologia d.diogo de sousa, em braga.

artistas convidados:
ana caldas I ana pascoal I bárbara fonte+antónio machado I beatriz albuquerque I bento duarte I bernardino silva I domingos loureiro I filipe moreira I guilherme braga da cruz I helena santos I hernâni fernandes I hugo delgado I joana de deus I joão catalão I joão concha I joão noutel I jorge vilela I josé soares I luísa silveira I manuela são simão I mário sequeira I pedro marcolino I pedro soares I sara mota viana I  sílvia alves I sofia de carvalho I teixeira barbosa I teresa gil I una cátia cardoso+catarina sousa+vera narciso I vânia kosta


12 outubro 2011

"hospital de bonecas"


quando era pequenina sempre imaginei como seria o hospital de bonecas em lisboa. nunca cheguei a lá ir. talvez um dia lá vá... aqui estive, neste cantinho, a cuidar de algumas criações que vieram de visita à casa-mãe. o diagnóstico não era grave. é de sublinhar que os cuidados foram sobretudo estéticos. um tratamento intensivo de beleza. sobressair o olhar com contorno de linha e uma boca mais desenhada. as personagens ficaram mais expressivas. e qualquer dia seguem viagem até casa. a sua nova casa. porque a mãe que agora cuida delas já sente algumas saudades.

10 outubro 2011

iberiona'11


o iberiona iniciativa bienal realizada desde 2001 em barcelona realizou-se pela primeira vez em portugal-porto. de 6 a 8 de outubro o iberiona’11 acolheu na biblioteca almeida garrett um vasto grupo de pessoas ligadas a diversas áreas e durante estes dias falou-se do artesanato no séculoXXI: paradigma reencontrado. tradição. identidade. inovação. vanguarda. qualidade. sustentabilidade. design. mercado. foram temáticas abordadas num evento que nasceu e se tem afirmado como uma referência para o artesanato ibérico.

integrado no programa do iberiona'11, seguiu-se ontém, dia 8 de outubro, uma visita à região do douro património da humanidade. saindo do cais de gaia manhã cedo nos deslumbrámos rio acima com a beleza paisagística do douro. chegados à régua, visitamos a exposição permanente sobre o património do douro que nos deu a conhecer as actividades artesanais ligadas ao vinho e à vinha e as manifestações da cultura popular da região. seguiu-se a exposição temporária sobre a ferreirinha, importante figura ligada à história do douro e do vinho do porto. para terminar a visita uma prova de vinhos antes de regressar ao cais de gaia... três dias repletos de ideias que devemos agarrar com todo o entusiasmo e seguir em frente sem medo e inseguranças. as oportunidades estão aí temos de estar bem despertos para as olharmos. o essencial é fazer acontecer... 

[embora a página do meu caderno de apontamentos nesta imagem esteja em branco as palavras foram muitas escritas ao longo das intervenções dos diversos convidados presentes. agora, enquanto as ideias ainda estão frescas à que voltar a reler as palavras e sublinhar o essencial. implementar projectos. e eles já estavam a caminho. estão a caminho.] 




[vamos acordar. as coisas acontecem lá fora. nós podemos fazer a diferença. nós temos o poder de fazer acontecer. não é dar apenas palpites. criticar os outros. libertar apenas palavras para o ar e esperar que alguém as ouça e as faça. libertar palavras e voar junto com elas. acreditar no que dizemos e fazer acontecer. nós temos esse poder nas mãos e juntos tornámo-nos numa unidade plural com soluções possíveis e verdadeiramente reais]

09 outubro 2011

Galeria de vÂniAkOstA


espreitando do telhado...quando eu tinha uma bicicleta...
uma azeitona a tentar equilibrar-se...uma azeitona enrolada...uma azeitona salsicha...
duas meninas no telhado...um menino no telhado...suspensas prontas a trabalhar...brincando...
em diversos apontamentos descobri a silhueta de um gato. até num buraco de fechadura na casa do douro imaginei um gato. entretanto uma senhora vestida de vermelho passou. mais tarde descobri este feliz acaso. como este apontamento vermelho se ligava com outros que se seguiram. e vi outro gato que se espreguiçava. e um outro chamou por mim na rua. adiante. a viagem continuou...

rio acima...


a manhã acordou de luz. atravessamos as margens do douro. no cais de gaia esperamos o barco que nos levaria à régua. a belíssima luz da manhã abraçava as margens da cidade do porto. rio acima alguns apontamentos. estes, já perto da barragem. as comportas fecharam-se. a água movia-se. o barco balançou e continuou rio acima...

07 outubro 2011

quando eu tinha uma bicicleta...

amarela igualzinha a esta, foram muitos os passeios pelos passeios perto de casa. nesse tempo também andávamos na rua de bicicleta. hoje seria impensável com tantos carros a correr de um lado para o outro. nesse tempo tantas aventuras ruelas adentro. e atrás e à frente de uma bicicleta amarela como esta seguiam tantas outras bicicletas. uma infância recheada de aventuras e amizade. assim deve ser para todos.