um fim de semana nas montanhas...

antes de voltar para o centro hípico ainda caminhei um pouco pela montanha em redor.  o olhar descobriu diversas imagens que dariam belíssimos postais. uma bela imagem de inverno. mas ao olhar melhor essa mesma imagem é mesmo assim abraçada por uma certa tristeza e abandono. as árvores não estão apenas despedidas porque o vento lhes levou as folhagens secas do outono. muitas delas estão despidas pelas chamas do verão. agora que estamos no inverno as feridas continuam presentes. será que a primavera irá trazer o verde da esperança de que tudo volte a ser como era? 

notícias para lá do tejo...

a azeitona que todos vocês conheceram do passatempo voltou a dar notícias. agora que descobriu o amor os dias junto do seu amado azeitona têm sido muito mais felizes. e mesmo um pouco longe... para lá do tejo... não deixou de comemorar o meu aniversário. Obrigada.

eu vi um gatinho...

a azeitona dorme a noite toda aos pés. levanta a cabeça quase de todas as vezes que a pessoa se vira e de todas as outras vezes em que se volta a virar. enquanto é de noite lá fora, todos dormem aqui em casa. a azeitona também [com a excepção daquelas noites em que resolve andar a brincar pela casa atrás dos seus amigos imaginários]. quando a noite se vai embora e chega o dia, ela desperta também. muito cedo, quando a vida lá fora ainda está muito tranquila, ouvem-se os passarinhos na conversa entre si. são provavelmente os primeiros a despertar. e continuam muito activos nas conversas. piu-piu para aqui. piu-piu para ali e outro piu-piu de longe redondeza se ouve. porque um resolveu chilrear junto à janela, a azeitona levantou a cabeça. de olhar intenso voltado para fora, vigia o corajoso passarinho. chilreia com entusiasmo a desejar os bons-dias. a azeitona salta da cama e aproxima-se da janela. como um gatinho de louça mantem-se muito quieta a olhar a sua maior curiosidade da manhã. azeitona e o passarinho conversam. miau aqui dentro. piu-piu lá fora. e o passarinho desaparece voando. voando sai dizendo “eu vi, eu vi um gatinho”. miau, diz novamente a azeitona aqui dentro.

primeiro aniversário...

e hoje são trinta e um :D

no dia em que fiz 7 anitos...

um dia acordei com um enorme desejo, procurar memórias. resolvi procurar na arca do sótão alguns registos da escola primária. porque continuo a saber bem o que lá tenho guardado todos estes anos. são diversos os apontamentos que desejo ir partilhando aqui. para hoje escolho estes dois desenhos. a caligrafia lembra o cuidado como era também ela desenhada. nem me tinha apercebido do dia em que tinha feito estes registos. ouvi, “já reparaste na data?”. um pormenor tão doce que torna esta partilha ainda mais especial num dia como o de hoje. no dia em que fiz 7 anitos desenhei com muita cor e alegria.  nesse dia não sei se choveu. nesse dia não sei se o sol brilhou como o de hoje. hoje sei apenas que exactamente nesse dia, no dia 26 de janeiro de 1987, desenhei uma menina de amarelo a regar uma flor cor-de-rosa e um(a) menino(a) a dar migalhinhas de pão a um pato amarelo. o sorriso no rosto destas personagens é o mesmo sorriso que hoje trago comigo. este foi o meu presente.

olhando deste lado...

[instalação na casa do professor]

o que cai hoje do céu?

um guarda-chuva virou-se com o vento. de braços abertos para o céu que transparece da clarabóia desta casa surpreende-se com o que parece cair do céu. suspensas, rodopiam com as movimentações de ar. ora passa uma pessoa. ora passa outra. ora vêm três. ora alguém abre a porta da entrada e o vento resolveu entrar também e brincar com estas casas-gaiolas. o que cai hoje do céu? sim são casas-gaiolas que libertam corações. por vezes rodopiam. não é a dança da chuva. é uma dança de corações. [ao longe a instalação da Exposição "relógio de madeira, cuco de pano"]

Pedro & Inês

[quem entra na Casa do Professor não fica indiferente à presença do Pedro & Inês na escadaria. e porque a Exposição se chama "relógio de madeira, cuco de pano", lá estão esses dois elementos junto deles.]

Exposição "relógio de madeira, cuco de pano" - Braga

aqui um apontamentos desta exposição que pode ser visitada até dia 3 de Fevereiro, na Casa do Professor, em Braga.

composição “se eu tivesse um guarda-chuva mágico”...

a chuva voltou. o guarda-chuva daquela noite. o guarda-chuva que hoje trago comigo. o guarda-chuva que faz parte da minha instalação na exposição da casa do professor. e este guarda-chuva mágico. dos pequenos tesouros recolhidos da arca das memórias partilho esta minha composição sincronizada com uma ilustração dos tempos da escola primária [ano lectivo de 1988-1989]

surpreendentemente a primavera com desejo de nascer...

regressei a casa a pé. em cada passo uma re-descoberta. as batidas do coração, o ritmo entre as pegadas deixadas na calçada, ambos sincronizados com as batidas das notas musicais. em cada passo uma re-descoberta. e o mundo é tão diferente quando andamos a pé. e quase a chegar a casa fui surpreendida pelo imenso desejo da primavera nascer. um apontamento da natureza que iria perder se não regressasse a casa caminhando.

um lápis "arco-irís"...

simplesmente para ajudar a colorir estes dias cinzentos...

a azeitona seguiu a sua viagem...

[a inês lá se despediu da azeitona. os preparativos para a exposição “relógio de madeira, cuco de pano”, ajudaram a distrair o pensamento dessa despedida. até dia 3 de fevereiro vai estar na escadaria da casa do professor com o pedro e estão por lá duas azeitonas para lhes fazerem companhia]

antes de voltar a casa...

depois da inauguração da exposição “relógio de madeira, cuco de pano”, caminhei pela última vez por baixo do tapete de luz que ilumina a rua deste o arco da porta-nova até à senhora-a-branca. passei a brasileira. passei o largo-do-paço. mais à frente, no alinhamento da “nossa” rua de Santo António, olhei pela última vez as simples e mais bonitas iluminações de natal da cidade. partilho aqui este apontamento. para o ano vamos ver como serão.

antes de acertar as horas do relógio de madeira...

... ouvi: “anda aqui ver uma coisa”. com a máquina fotográfica na bolsa não podia deixar de registar este apontamento. outros olhares curiosos pelo flash aproximaram-se da montra para espreitar também.

a vencedora do passatempo...

recebi alguns postais bastante curiosos. uns ternos. outros super divertidos. e aqui fica um ENORME OBRIGADA pelo carinho de todos os participantes. a escolha não foi fácil. tive mesmo de pedir ajuda a alguns amigos. tardou um pouco, mas por fim chegamos a um vencedor. hoje, aqui partilho alguns apontamentos. PARABÉNS marisa.

do vencedor do passatempo...

[conteúdo do cd enviado junto com o postal do passatempo]

o novo ano reserva alguns desafios. muito trabalho sobre a mesa. alguns projectos novos e a consolidação de outros. para já o RESULTADO do VENCEDOR do passatempo da azeitona e a montagem de uma EXPOSIÇÃO, intitulada: “relógio de madeira, cuco de pano” na Casa do Professor, em Braga.

caiu... partiu...

[se eu pudesse simplesmente usar uma linha para unir todos os pedacinhos desta  andorinha para ela voltar a voar como dantes... as suas companheiras de viagem lá continuam a desenhar trilhos na parede]

quase a caminho...

escolher o vendedor do passatempo da azeitona foi difícil. e enquanto ela não segue viagem para a sua nova casa, vai fazendo as despedidas por aqui. por estes dias a inês não a larga por nada. nem o pedro a consegue convencer. [é verdade, muito em breve, tanto o pedro como a inês vão “habitar” temporariamente a entrada de uma casa]